nordestino
No nordeste do Brasil, está um homem no leito de morte, e decidiu ter a ultima conversa com a sua companheira de toda a vida, sobre a fidelidade da mesma:
-Muié, pode falá sem medo...Já vô morrê mêmo e prifiro sabê tudim direitim... Ocê arguma veiz traiu eu?
Ô Zé, num fala dessas coisa que eu tenho vergonha...
Pode falá muié...
Quero não...
Fala muié, disimbucha...
Mió dexá pra lá, Zé...Vai, conta...
Queto Zé, morre em paz...
Depois de muita insistência ela resolveu abrir o jogo:
-Tá bão Zé, vou contá, mas num si responsabilizo...
Pode contá.
Ói Zé, traí sim, mas foi só trêis veiz.
Intão conta, sô! Trêis veiz nessa vida toda té qui num foi muito!
A primera foi quando cê foi demitido daquele imprego qui cê brigou cum o chefe.
Ué, mas eu fui adimitido dinovo logo dispôis, sô.
Pois é Zé... Eu fui lá cunversá cum ele, acabei dano pra ele e ele ti contratô di vorta.
Ah, muié, cê foi muito boa cumigo... Essa traição num dá nem pra levá a mar, foi pela necessidade da nossa famía... Tá perdoada! E a segunda?
Lembra quando cê foi preso pru modi daquele furdunço que cê prontô na venda?
Lembro muié, mas num fiquei nem meio dia na cadeia.
Pois é Zé... Eu fui lá cunversá cum o delegado e acabei dando pra ele ti sortár.
Ê muié, isso nem conta tamém não, a causa foi justa... Imagina ficá preso lá um tempão! Ocê nem me traiu, foi pela nossa famía e pela minha liberdade,
uai. E a úrtima?
Lembra quando cê si candidatô pra vereadô?
Lembro muié... Quase me elegeu.
Pois é... Eu qui consegui aqueles 2.752 votos...
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